Morte de Autores Notáveis

Morre Jaguar, e Agora Pasquim? O Legado da Imprensa Irreverente Brasileira

Morre Jaguar, e Agora Pasquim? O Legado da Imprensa Irreverente Brasileira

Você já se perguntou como a morte de uma figura cultural pode impactar toda uma geração? A recente notícia da morte de Jaguar, cartunista histórico e um dos fundadores do Pasquim, levanta uma questão inevitável: o que resta da imprensa alternativa e irreverente que marcou os anos mais duros da ditadura militar no Brasil?

O Pasquim não era apenas um jornal; era uma trincheira de resistência, humor e crítica política que moldou a maneira como brasileiros passaram a consumir informação fora do eixo oficial. Agora, com a partida de Jaguar, é hora de refletir sobre a herança deixada e sobre como esse tipo de jornalismo pode (ou não) sobreviver na era digital.


Quem foi Jaguar e por que sua morte importa?

Jaguar, nome artístico de Sérgio de Magalhães Gomes Jaguaribe, foi mais que um cartunista. Ele representava o espírito debochado, irônico e inteligente que caracterizou o Pasquim desde 1969. Ao lado de Millôr Fernandes, Ziraldo, Henfil e Paulo Francis, Jaguar ajudou a criar uma nova forma de crítica social — usando o humor como arma contra a censura.

Artigos relacionados

Sua morte marca não apenas a perda de um artista, mas o fechamento simbólico de um ciclo. Afinal, o Pasquim já não existe, e o espaço para a irreverência jornalística parece cada vez mais comprimido entre algoritmos e polarizações.


O Pasquim: uma revolução no papel

Na década de 70, o Pasquim se consolidou como o maior jornal alternativo do Brasil, alcançando tiragens impressionantes para um semanário crítico e underground. Com entrevistas históricas, charges mordazes e textos afiados, ele se tornou referência obrigatória para quem buscava contestar o regime e rir de suas contradições.

Hoje, muitos estudiosos apontam o Pasquim como um precursor da comunicação independente no país. Blogs, podcasts e canais alternativos do YouTube carregam um pouco dessa mesma chama: o desejo de falar fora da cartilha oficial.


Morre Jaguar, e agora Pasquim?

A grande pergunta que paira é: há espaço para um “novo Pasquim” no Brasil contemporâneo?

  • De um lado, vivemos a era digital, em que o humor e a crítica circulam em memes, redes sociais e charges online.

  • Do outro, a censura mudou de forma, mas não desapareceu — agora, muitas vezes, vem disfarçada em algoritmos, monetização e políticas de moderação.

A morte de Jaguar nos obriga a revisitar esse debate: será que ainda precisamos de um Pasquim impresso ou já temos suas versões digitais espalhadas pelo país?

36

Livros para entender Jaguar, o Pasquim e a imprensa alternativa

Se você deseja se aprofundar nesse universo, aqui estão algumas obras fundamentais (links para Amazon destacados em vermelho):

  1. O Pasquim: A Subversão do Humor – Este livro reúne a trajetória do semanário, entrevistas e bastidores da resistência cultural.
    👉 Comprar na Amazon

  2. Jaguar: Um Gato que Ri de Si Mesmo – Biografia ilustrada do cartunista, trazendo suas melhores charges e reflexões.
    👉 Comprar na Amazon

  3. Millôr Definitivo: Humor, Liberdade e Crítica – Para entender o parceiro de Jaguar e um dos maiores intelectuais brasileiros do século XX.
    👉 Comprar na Amazon

  4. Henfil: O Humor Subversivo – Livro que mostra como o humor se tornou resistência política nos anos de chumbo.
    👉 Comprar na Amazon

  5. A Ditadura Envergonhada (Elio Gaspari) – Contextualiza o período em que o Pasquim foi mais ativo, mostrando a luta contra a censura.
    👉 Comprar na Amazon


Conclusão

A morte de Jaguar não significa o fim do humor crítico e da imprensa alternativa. Pelo contrário, é um convite para que novas gerações encontrem suas próprias formas de resistência e contestação. O Pasquim já cumpriu seu papel histórico, mas seu espírito ainda vive em cada charge, em cada texto irreverente e em cada risada que nos faz pensar.

Talvez o verdadeiro legado de Jaguar seja esse: provar que rir ainda é uma das formas mais potentes de lutar.


Tags SEO

Jaguar Pasquim, jornalismo alternativo, imprensa alternativa Brasil, humor político, ditadura militar Pasquim, charges Jaguar, Ziraldo Pasquim, Millôr Fernandes humor, Henfil cartunista, jornalismo irreverente, cultura brasileira anos 70, Pasquim censura, humor como resistência, Jaguar cartunista biografia, livros sobre Pasquim, imprensa independente, Jaguar morreu, herança do Pasquim, imprensa alternativa digital, Pasquim anos de chumbo

Deixe um comentário