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(as of Oct 28, 2024 08:39:44 UTC – Details)
“A maioria das pessoas parece ter, pelo menos, uma pseudociência de estimação. Ficaremos satisfeitos, nestes casos, em plantar no mínimo uma semente de ceticismo que leve o leitor a considerar: será?”
“Energias curativas, bolinhas de açúcar mágicas, terapias que invocam os antepassados e maluquices inventadas sobre o poder avassalador dos desejos inconscientes operam, todas, sob ‘leis de tapete voador’. Podem render boas metáforas, boa literatura, boa retórica, mas assim como a Odisseia não prova que os deuses do Olimpo existem, uma história bem contada não é necessariamente uma história real.”
“Buscamos oferecer uma vacina para o pensamento mágico, um manual para reconhecer mercadores de ilusões e identificar soluções mágicas. Esperamos assim poupar a saúde, o bem-estar e o bolso do leitor.”
A ciência é limitada pela nossa capacidade de ver, interrogar e interpretar a natureza. Pseudociências são limitadas apenas pela imaginação, vaidade e, não raro, ganância de seus promotores. Por isso, seu poder de sedução é enorme. E isso, segundo Natalia Pasternak e Carlos Orsi, pode ter consequências perigosas.
Os autores abordam os 12 temas e mostram como e por que não passam pelo crivo da ciência: Astrologia, Homeopatia, Acupuntura e MTC, Curas naturais, Curas energéticas, Modismos de dieta, Psicanálise e psicomodismos, Paranormalidade, Discos voadores, Pseudoarqueologia , Antroposofia e Poder quântico.
Da editora
ASIN : B0C78F2NHS
Editora : Editora Contexto; 1ª edição (14 julho 2023)
Idioma : Português
Tamanho do arquivo : 1332 KB
Leitura de texto : Habilitado
Leitor de tela : Compatível
Configuração de fonte : Habilitado
Dicas de vocabulário : Não habilitado
Número de páginas : 400 páginas
léo
“Que Bobagem! à uma obra notável e necessária que desafia os equÃvocos arraigados nas pseudociências
O tÃtulo ousado atrai atenção, mas não se engane, pois os autores oferecem argumentos meticulosos e uma abordagem respeitosa em relação à s áreas que eles criticam. O livro não é apenas uma crÃtica à pseudociência, mas também um convite à reflexão sobre como as diferentes áreas do conhecimento cientÃfico se estruturam. Os autores estabelecem uma base sólida de argumentação e encorajam os leitores a considerarem as bases reais do conhecimento cientÃfico em oposição a crenças infundadas. Eles não apenas desconstroem concepções equivocadas, mas também nos incentivam a explorar como a sociedade pode se beneficiar do pensamento cientÃfico e suas aplicações práticas. Uma das maiores virtudes do livro é a meticulosa revisão da literatura realizada pelos autores. O trabalho de Carlos e Natália é impressionante, repleto de 594 citações e referências que orientam o leitor interessado a aprofundar-se nas pesquisas que sustentam seus argumentos. Ao mesmo tempo, sua habilidade como comunicadores da ciência brilha na forma clara e acessÃvel como eles apresentam as complexas ideias. A linguagem objetiva evita a armadilha do jargão acadêmico, tornando o conteúdo atraente para um público amplo.A introdução cuidadosa e a delimitação das escolhas feitas pelos autores estabelecem uma base sólida para os 12 capÃtulos subsequentes. E o epÃlogo não decepciona, proporcionando um encerramento magistral que amarra todos os pontos discutidos e oferece crÃticas pertinentes. à importante mencionar que a leitura do epÃlogo é crucial, pois ele coroa a experiência da obra com conclusões impactantes e insights valiosos. O livro desmistifica com ousadia e respaldo cientÃfico certas crenças difundidas na sociedade brasileira. Através de dados e análises sólidas, os autores revelam não apenas a inutilidade, mas também os riscos de aderir a certas pseudociências. Algumas dessas ideias, como a homeopatia e a psicanálise, têm seguidores fervorosos que resistem à discussão racional. Os autores demonstram coragem ao abordar esses temas, expondo a falta de fundamentação e apontando para o impacto prejudicial dessas concepções.Em conclusão, “Que Bobagem!: Pseudociências e Outros Absurdos que não Merecem Ser Levados a Sério” é uma contribuição indispensável para a literatura que questiona o status quo das pseudociências e propaga ideias infundadas. Carlos e Natália demonstram excelência em sua abordagem, com argumentos sólidos, revisão de literatura abrangente e uma linguagem acessÃvel. Essa obra desempenha um papel crucial na promoção do pensamento cientÃfico entre a população, uma contribuição fundamental para enfrentar os desafios tanto locais quanto globais.
Lilimip
Desconstrução
Natalia Pasternak e Carlos Orsi vão a fundo na messiânica tarefa de esclarecer âSer ou não ser Ciênciaâ na abordagem de práticas alternativas na área da saúde. Minha impressão geral é positiva, e se não tivesse outro mérito, o livro é ao menos muito bem escrito. Mas ele tem muitas outras qualidades e os pontos fracos, na minha opinião, deve-se à análise dos temas somente do ponto de vista dos autores. Com esta ressalva, a argumentação pró-ciência é poderosa e baseada em farta literatura acadêmica. Defende seus argumentos com seriedade mas utiliza os postulados que favorecem suas afirmativas. Mas a Ciência, mesmo apoiada na experimentação, não é imparcial.Gostei do livro, tem material de sobra para discussões tanto em seminários acadêmicos (já assisti a um) quanto em mesas de bar. Ou ainda para debates e reflexões com seu astrólogo, acupunturista ou psicanalista, depois de ver sua terapia de estimação cair por terra pelas crÃticas bem documentadas dos defensores da razão. Sinceramente fiquei pasma quando soube que a Tradicional Medicina Chinesa não tinha 4000 anos, era só um pouco mais velha do que eu. Quem diria hein?O livro desconstrói as práticas sem comprovações cientÃficas das terapias alternativas mais comuns. Pseudociências como a ufologia também são colocadas no mesmo balaio mesmo que não seja, a rigor, uma prática curativa. Ocupando-se a defender somente o conhecimento cientÃfico como base para a cura de doenças, os autores não invertem a questão: E quando a cura baseada em evidências cientÃficas não dá certo?Na missão de separar o joio do trigo, a medicina popular é menosprezada. Sendo à s vezes o único meio que algumas pessoas têm para diminuir suas dores, os adeptos dos chazinhos não são, necessariamente, negacionistas. Mas, se é para mostrar que as vacinas agem efetivamente nos combate aos microorganismos, então não dá para se perder em distrações.Na distinção entre ânatural e artificialâ há uma certa distorção. Se alimentos orgânicos mal processados podem trazer doenças, na defesa dos produtos processados há uma generalização quanto ao espectro ideológico ou religioso. A quantidade de agrotóxicos existente, por exemplo, no tomate, pode afetar sim, a saúde das pessoas. Está faltando base cientÃfica para embasar o viés em que os autores se meteram.Yoga e meditação não são exclusividade de consumidores vulneráveis nem vaidosos. à verdade que o meio está cheio de gurus mal intencionados, mas os autores ficariam surpresos se não ignorassem que a meditação melhora em muito o foco é a capacidade de abstração, independente do praticante ser religioso ou ateu (conclusão baseada cientÃficamente). O metabolismo dos alimentos está muito bem explicado para qualquer leitor, leigo ou não no assunto. Não sei se a Psicanálise se enquadra nos limites da ciência mas o texto sobre constelação familiar está muito bem conduzido.Não gostei do tÃtulo, achei agressivo e grosseiro, poderia ser mais elegante.Como veÃculo de divulgação cientÃfica, vale a pena ler. Os temas, sua abrangência, a leitura fácil e acessÃvel e a forma polêmica com que os autores defendem sua visão de ciência no mÃnimo estimulam o pensamento crÃtico.