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(as of Oct 29, 2024 00:20:25 UTC – Details)
Nesta nova coleção de textos, Ailton Krenak nos provoca com a radicalidade de seu pensamento insurgente, que demove o senso comum e invoca o maravilhamento.
A ideia de futuro por vezes nos assombra com cenários apocalípticos. Por outras, ela se apresenta como possibilidade de redenção, como se todos os problemas do presente pudessem ser magicamente resolvidos depois. Em ambos os casos, as ilusões nos afastam do que está ao nosso redor. Nesta nova coleção de textos, produzidos entre 2020 e 2021, Ailton Krenak nos provoca com a radicalidade de seu pensamento insurgente, que demove o senso comum e invoca o maravilhamento. Diz ele: “Os rios, esses seres que sempre habitaram os mundos em diferentes formas, são quem me sugerem que, se há futuro a ser cogitado, esse futuro é ancestral, porque já estava aqui.”
“Ailton Krenak é um filósofo originário: desentranha do pensamento indígena uma forma que os ocidentais se habituaram a reconhecer como ‘filosofia’ e a confronta, à medida que também a aproxima, com os modos especulativos europeus e outras cosmovisões tradicionais.” ― Muniz Sodré
Da editora
“MINHA PROVOCAÇÃO SOBRE ADIAR O FIM DO MUNDO É EXATAMENTE SEMPRE PODER CONTAR MAIS UMA HISTÓRIA” — AILTON KRENAK
Um dos mais influentes pensadores da atualidade, Ailton Krenak vem trazendo contribuições fundamentais para lidarmos com os principais desafios que se apresentam hoje no mundo: a terrível evolução de uma pandemia, a ascensão de governos de extrema-direita e os danos causados pelo aquecimento global. Ideias para adiar o fim do mundo (2019) e A vida não é útil (2020) são parábolas sobre os tempos atuais.
“Nosso tempo é especialista em produzir ausências: do sentido de viver em sociedade, do próprio sentido da experiência da vida. Isso gera uma intolerância muito grande com relação a quem ainda é capaz de experimentar o prazer de estar vivo, de dançar e de cantar. E está cheio de pequenas constelações de gente espalhada pelo mundo que dança, canta e faz chover. ”
IDEIAS PARA ADIAR O FIM DO MUNDO (2019)
Esta edição é resultado de duas conferências e uma entrevista realizadas em Portugal entre 2017 e 2019, e conta com posfácio de Eduardo Viveiros de Castro.
Em Ideias para adiar o fim do mundo, o líder indígena critica a ideia de humanidade como algo separado da natureza, uma “humanidade que não reconhece que aquele rio que está em coma é também o nosso avô”. Essa premissa estaria na origem do desastre socioambiental de nossa era, o chamado Antropoceno. Daí que a resistência indígena se dê pela não aceitação da ideia de que somos todos iguais. Somente o reconhecimento da diversidade e a recusa da ideia do humano como superior aos demais seres podem ressignificar nossas existências e refrear nossa marcha insensata em direção ao abismo.
Desde seu inesquecível discurso na Assembleia Constituinte, em 1987, Krenak se destaca como um dos mais originais e importantes pensadores brasileiros. Lê-lo é mais urgente do que nunca.
TEXTOS PRESENTES NA EDIÇÃO Ideias para adiar o fim do mundo Do sonho e da terra A humanidade que pensamos ser
A VIDA NÃO É ÚTIL (2020)
Edição com pesquisa e organização de Rita Carelli
Crítico mordaz à ideia de que a economia não pode parar, Krenak provoca: “Nós poderíamos colocar todos os dirigentes do Banco Central em um cofre gigante e deixá-los vivendo lá, com a economia deles. Ninguém come dinheiro”. Para o líder indígena, “civilizar-se” não é um destino. Sua crítica se dirige aos “consumidores do planeta”, além de questionar a própria ideia de sustentabilidade, vista por alguns como panaceia. Se, em meio à terrível pandemia de coronavírus, sentimos que perdemos o chão sob nossos pés, as palavras de Krenak despontam como os “paraquedas coloridos” descritos em seu livro Ideias para adiar o fim do mundo, que já vendeu mais de 50 mil cópias no Brasil e está sendo traduzido para o inglês, francês, espanhol, italiano e alemão.
‘A vida não é útil’ reúne cinco textos adaptados de palestras, entrevistas e lives realizadas entre novembro de 2017 e junho de 2020.
TEXTOS PRESENTES NA EDIÇÃO Não se come dinheiro Sonhos para adiar o fim do mundo A máquina de fazer coisas O amanhã não está à venda A vida não é útil
FUTURO ANCESTRAL (2022)
Nova coleção de textos
“Os rios, esses seres que sempre habitaram os mundos em diferentes formas, são quem me sugerem que, se há futuro a ser cogitado, esse futuro é ancestral, porque já estava aqui”.
A ideia de futuro por vezes nos assombra com cenários apocalípticos. Por outras, se apresenta como possibilidade de redenção, como se todos os problemas do presente pudessem ser magicamente resolvidos depois. Em todo caso, as ilusões nos afastam do que está ao nosso redor. Nesta nova coleção de textos, produzidos entre 2020 e 2021, Ailton Krenak nos provoca com a força de seu pensamento insurgente, que demove o senso comum e invoca o maravilhamento.
TEXTOS PRESENTES NA EDIÇÃO Saudações aos rios Cartografias para depois do fim Cidades, pandemias e outras geringonças Alianças afetivas O coração no ritmo da terra
SOBRE O AUTOR
Ailton Krenak nasceu em 1953, na região do vale do rio Doce, território do povo Krenak, um lugar cuja ecologia se encontra profundamente afetada pela atividade de extração de minérios. Ativista do movimento socioambiental e de defesa dos direitos indígenas, organizou a Aliança dos Povos da Floresta, que reúne comunidades ribeirinhas e indígenas na Amazônia. É um dos mais destacados líderes do movimento que surgiu durante o grande despertar dos povos indígenas no Brasil, que ocorreu a partir da década de 1970. Contribuiu para a criação da União das Nações Indígenas (UNI), e sua luta foi determinante para a conquista do “Capítulo dos índios” na Constituição de 1988. É coautor da proposta da Unesco que criou a Reserva da Biosfera da Serra do Espinhaço e é membro de seu comitê gestor. É comendador da Ordem do Mérito Cultural da Presidência da República, e, em 2016, foi-lhe atribuído o título de doutor honoris causa pela Universidade Federal de Juiz de Fora.
Editora : Companhia das Letras; 1ª edição (2 dezembro 2022)
Idioma : Português
Capa comum : 128 páginas
ISBN-10 : 6559211541
ISBN-13 : 978-6559211548
Dimensões : 11 x 1.1 x 16 cm
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