A terra dá, a terra quer

R$41,72R$54,90

Contracolonização é o conceito-chave desta obra de Antônio Bispo, que contrapõe de forma desconcertante o modo de vida quilombola ao da sociedade colonialista. Com uma linguagem própria, de palavras “germinantes”, o autor oferece um olhar urgente e provocador sobre os modos de viver, habitar e se relacionar com os demais viventes e com a terra. A partir da Caatinga brasileira, mais especificamente do Quilombo Saco Curtume, no Piauí, Bispo denuncia a cosmofobia – o medo do cosmos que funda o mundo urbano eurocristão monoteísta – e empreende uma guerra das denominações, enfraquecendo as palavras dos colonizadores. Desafiando o debate decolonial, compreendido por ele como a depressão do colonialismo, propõe a contracolonização, um modo de vida ainda não nomeado e que precede a própria colonização. Não se trata de um pensamento binário, mas de um pensamento fronteiriço e “afro-pindorâmico” para compreender o mundo de forma “diversal”, integrado por uma variedade de ecossistemas, idiomas, espécies e reinos. “A terra dá, a terra quer” registra de modo inédito muitos dos saberes transmitidos pela oralidade por esse “lavrador de palavras” acerca do agronegócio, das cidades, das favelas, dos condomínios fechados e da arquitetura. Transitando por muitos mundos, Bispo semeia potentes traduções de questões cruciais para o nosso tempo como ecologia, clima, energia, trabalho, cultivo e alimentação. Diante da mercantilização da vida e dos saberes, este livro compartilha a força ancestral da circularidade começo, meio e começo.

Da editora

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Antônio Bispo dos Santos

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Mestre Antônio Bispo dos Santos, o Nêgo Bispo

Antônio Bispo dos Santos nasceu em 1959 no vale do Rio Berlengas, Piauí. Lavrador, formou-se com os saberes de mestras e mestres do quilombo Saco Curtume, no município de São João do Piauí, e foi o primeiro de sua família a ser alfabetizado. Desde cedo, foi incumbido de desenvolver a habilidade de traduzir para a escrita a sabedoria de seu povo e mediar as relações com o Estado, cuja violência se manifesta, também, pela invalidação da oralidade. Como liderança, atuou na Coordenação Estadual das Comunidades Quilombolas do Piauí (Cecoq/PI) e na Coordenação Nacional de Articulação das Comunidades Negras Rurais Quilombolas (Conaq). Sua atuação política nos movimentos de luta pela terra ancora-se na cosmovisão dos povos contracolonizadores. Nego Bispo publicou o livro Colonização, Quilombos: modos e significações (unb/incti, 2015) e foi professor convidado do Encontro de Saberes da UnB/INCTI e da Formação Transversal em Saberes Tradicionais da UFMG. Faleceu em 3 de dezembro de 2023.

Saiu na imprensa

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Sobre o artista Santídio Pereira

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Editora ‏ : ‎ Ubu Editora; 1ª edição (29 maio 2023)
Idioma ‏ : ‎ Português
Capa comum ‏ : ‎ 112 páginas
ISBN-10 ‏ : ‎ 8571261059
ISBN-13 ‏ : ‎ 978-8571261051
Dimensões ‏ : ‎ 13 x 1 x 18 cm


Price: R$54,90 - R$ 41,72
(as of Oct 29, 2024 07:24:27 UTC – Details)



Contracolonização é o conceito-chave desta obra de Antônio Bispo, que contrapõe de forma desconcertante o modo de vida quilombola ao da sociedade colonialista. Com uma linguagem própria, de palavras “germinantes”, o autor oferece um olhar urgente e provocador sobre os modos de viver, habitar e se relacionar com os demais viventes e com a terra. A partir da Caatinga brasileira, mais especificamente do Quilombo Saco Curtume, no Piauí, Bispo denuncia a cosmofobia – o medo do cosmos que funda o mundo urbano eurocristão monoteísta – e empreende uma guerra das denominações, enfraquecendo as palavras dos colonizadores. Desafiando o debate decolonial, compreendido por ele como a depressão do colonialismo, propõe a contracolonização, um modo de vida ainda não nomeado e que precede a própria colonização. Não se trata de um pensamento binário, mas de um pensamento fronteiriço e “afro-pindorâmico” para compreender o mundo de forma “diversal”, integrado por uma variedade de ecossistemas, idiomas, espécies e reinos. “A terra dá, a terra quer” registra de modo inédito muitos dos saberes transmitidos pela oralidade por esse “lavrador de palavras” acerca do agronegócio, das cidades, das favelas, dos condomínios fechados e da arquitetura. Transitando por muitos mundos, Bispo semeia potentes traduções de questões cruciais para o nosso tempo como ecologia, clima, energia, trabalho, cultivo e alimentação. Diante da mercantilização da vida e dos saberes, este livro compartilha a força ancestral da circularidade começo, meio e começo.

Da editora

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Antônio Bispo dos Santos

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Mestre Antônio Bispo dos Santos, o Nêgo Bispo

Antônio Bispo dos Santos nasceu em 1959 no vale do Rio Berlengas, Piauí. Lavrador, formou-se com os saberes de mestras e mestres do quilombo Saco Curtume, no município de São João do Piauí, e foi o primeiro de sua família a ser alfabetizado. Desde cedo, foi incumbido de desenvolver a habilidade de traduzir para a escrita a sabedoria de seu povo e mediar as relações com o Estado, cuja violência se manifesta, também, pela invalidação da oralidade. Como liderança, atuou na Coordenação Estadual das Comunidades Quilombolas do Piauí (Cecoq/PI) e na Coordenação Nacional de Articulação das Comunidades Negras Rurais Quilombolas (Conaq). Sua atuação política nos movimentos de luta pela terra ancora-se na cosmovisão dos povos contracolonizadores. Nego Bispo publicou o livro Colonização, Quilombos: modos e significações (unb/incti, 2015) e foi professor convidado do Encontro de Saberes da UnB/INCTI e da Formação Transversal em Saberes Tradicionais da UFMG. Faleceu em 3 de dezembro de 2023.

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Sobre o artista Santídio Pereira

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Editora ‏ : ‎ Ubu Editora; 1ª edição (29 maio 2023)
Idioma ‏ : ‎ Português
Capa comum ‏ : ‎ 112 páginas
ISBN-10 ‏ : ‎ 8571261059
ISBN-13 ‏ : ‎ 978-8571261051
Dimensões ‏ : ‎ 13 x 1 x 18 cm

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